A CAIXA D'ÁGUA PODE SER UM CEMITÉRIO

"O Sistema de Abastecimento de Água de uma comunidade desde a captação, adução, tratamento, recalque e distribuição, inclusive reservação, bem como dos domicílios e edifícios em geral deve ser bem projetado, construído, operado, mantido e conservado, para que a água não se torne veículo de transmissão de diversas doenças. Essas doenças podem ser divididas em dois grupos: doenças de transmissão hídrica e doenças de origem hídrica. As primeiras são aquelas em que a água atua como veículo, propriamente dito, do agente infeccioso, como por exemplo, no caso da febre tifóide, de disenteria bacilar, etc. As segundas são aquelas decorrentes de certas substâncias, denominadas contaminantes tóxicos pelo Prof. Lucas Nogueira Garcez, contidas na água em teor inadequado, e que dão origem a doenças como a fluruose, meteglobinemia, bócio, e saturnismo; a água atua neste caso com verdadeiro veículo, transportando essas substâncias".

Como é fácil notar não é tão simples, corriqueiro cuidar da água. Não existe vida sem água, por este motivo água é assunto que deve merecer todo cuidado.

O estado físico das pessoas define a vitalidade do organismo, assim como o meio em que vivemos, o local onde se reserva a água; as tubulações são diretamente responsáveis pela qualidade da água. A quantidade excessiva de cloro ou outros produtos necessários à potabilização das águas, também pode provocar até envenenamento, se utilizados sem critério. Os reservatórios (caixa d'água) domiciliares são proibidos por convenção internacional por se tratarem de verdadeiros cemitérios, onde as baratas, ratos e outros bichos se sepultam. São também excelentes locais para a reprodução das bactérias. Além do fato da água contribuir para destruição das tubulações (canos galvanizados). No caso de tubulações de PVC ou assemelhados, formam-se cristalizações (limo) que retém barro e como nas caixas reservatórias, propicia excelente meio ambiente para micróbios e bactérias se reproduzirem. Criticar e levantar problemas, ou alertar é tão fácil como destruir, incendiar ou no mínimo intranqüilizar. Solucionar ou buscar soluções é, em tudo, o mais importante, principalmente em se tratando de saúde pública. A Sabesp é detentora de uma das melhores equipes técnicas do mundo, no tratamento de água, entretanto não encontrou solução ainda para evitar que no interior dos encanamentos se formem incrustações, cristalizações, corrosões etc.

IMPORTANTE:

Garanta a qualidade da água fornecida, repita num prazo de até 6 (seis) meses a limpeza e desinfecção de sua caixa d’água ou cisterna. Este é o prazo ideal.

BARATAS


Em áreas urbanas as espécies de baratas mais comuns são duas: a barata de esgoto (Periplaneta americana) e a francezinha ou alemãzinha (Blatella germânica).
São ativas principalmente à noite quando deixam seus abrigos à procura de alimentos.
Possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo àqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Podem alimentar-se também de celulose como papéis, ou ainda excrementos, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, freqüentemente ao mesmo tempo em que se alimentam.


Preferem locais quentes e úmidos.
A barata de esgoto normalmente habita local com muita gordura e matéria orgânica em abundância como galerias de esgoto, bueiros, caixas de gordura e de inspeção. São excelentes voadores. A barata francezinha habita principalmente cozinhas e despensas em locais como armários, gavetas, interruptores de luz, aparelhos eletrodomésticos, dentro de vãos de batentes, rodapés, sob pias, dutos de fiação elétrica e local como garagens ou sótãos com depósitos de papel e principalmente caixas de papelão, entre outros. Passam 75% do seu tempo abrigadas próximas aos alimentos. Percebe-se que um local está infestado por baratas através de sinais como fezes, ootecas vazias, esqueletos ou cascas de ninfas quando estas se transformam em adultos e em altas infestações, observa-se às baratas durante o dia e há odor característico.

As baratas colocam os seus ovos em uma cápsula chamada ooteca. Essa ooteca pode ser carregada pela fêmea até próximo à eclosão dos ovos (Blatella germânica) ou depositam em local apropriado, normalmente frestas, fendas, gavetas ou atrás de móveis (Periplaneta americana). Cada ovo dará origem a uma ninfa, que, através de várias mudas dará origem ao inseto adulto. As ninfas são menores que as adultas, não possuem asas e são sexualmente imaturas.

A francesinha vive em média 9 meses, põe ovos em média 5 vezes ao longo de sua vida e coloca de 30 a 50 ovos. A barata de esgoto vive de 2 a 3 anos, põe ovos de 10 a 20 vezes e coloca de 12 a 20 ovos em cada ooteca. A francesinha vive em média 9 meses, põe ovos em média 5 vezes ao longo de sua vida e coloca de 30 a 50 ovos. A barata de esgoto vive de 2 a 3 anos, põe ovos de 10 a 20 vezes e coloca de 12 a 20 ovos em cada ooteca. Quanto maior a temperatura e a umidade, menor será o tempo para o ovo chegar à fase adulta.
As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de várias doenças, principalmente gastroenterites, carreando vários agentes patogênicos através de seu corpo, patas e fezes, pelos locais por onde passam (são por isso considerados vetores mecânicos).

As medidas preventivas baseiam-se no controle ambiental. Deve-se interferir nas condições de abrigo e alimento.


- Inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas, e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa estar servindo de transporte ou abrigo às baratas e suas crias;
- Limpar o local total e cuidadosamente e todos os pertences nele inclusos (fornos, armários, despensas, eletrodomésticos, coifas, sob pias), onde quer que possa acumular gordura e restos alimentares
- Acondicionar o lixo em sacos plásticos e dentro de latas apropriadamente fechadas e limpas;
- Vedar frestas, rachaduras e vãos que possam servir de abrigo
- Colocar telas, grelhas, ralos do tipo "abre-fecha", sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses insetos através de ralos e encanamentos e etc.

 

FORMIGAS

Hábitos

As formigas são insetos sociais, isto é, vivem em colônias ou ninhos, onde cada uma trabalha para todos os membros da colônia e não somente para si mesma. Uma colônia de formigas ilustra um modo perfeito de sociedade comunitária, difícil do homem copiar e que talvez nunca consiga ser igualado (HERRICK, 1926).
Os ninhos das formigas, de uma maneira geral, consistem de um sistema de passagens ou cavidades que se comunicam umas com as outras e com o exterior. Algumas espécies constroem seus ninhos no solo e plantas, outras no interior de edificações (sob azulejos, batentes de portas, pisos, vãos e frestas, etc.), ou ainda ocupam cavidades na madeira ou troncos de árvores (Bueno et al. 1994). As colônias variam em tamanho e podem ser formadas desde algumas dezenas até por muitos milhares de indivíduos.
O Brasil apresenta cerca de 2 mil espécies de formigas descritas, sendo que destas apenas 20 a 30 são consideradas pragas urbanas, devido ao fato de invadirem alimentos armazenados, plantas e outros materiais domésticos.
A maioria das formigas alimentam-se de sucos vegetais, seiva das plantas, néctar de flores, substâncias açucaradas, líquidos adocicados que são excretados por certos insetos, algumas são carnívoras e se alimentam de animais mortos ou vivos.

C I C L O D E V I D A

Cada colônia é constituída por três formas distintas: rainhas, machos e operárias. As rainhas são maiores que os demais indivíduos da colônia e são aladas, e em algumas espécies, podem viver vários anos.

Os machos também são alados e consideravelmente menores que as rainhas. Tem vida curta e morrem após o acasalamento. As operárias são fêmeas estéreis, não possuem asas e constituem a grande maioria de indivíduos da colônia.
Machos e rainhas são produzidos na colônia em grande número, geralmente na primavera, quando saem dos ninhos e realizam o vôo nupcial. Logo após o acasalamento, o macho morre e a rainha inicia uma nova colônia ou retorna a uma já estabelecida. Ela elimina suas asas após o vôo, encontra um local para construir o ninho e colocar os ovos. Esta primeira cria é alimentada pela rainha e é formada exclusivamente por operárias, que são sempre estéreis. Depois que as operárias surgem, passam a realizar todo o trabalho da colônia: construção e defesa do ninho, cuidado com a prole, coleta de alimento, entre outros. A partir daí, a função da rainha passa a ser unicamente a postura de ovos.

M E D I D A S P R E V E N T I V A S

- Deixar os locais limpos de restos de alimentos, especialmente doces.
- Vedar muito bem potes de alimentos.
- Colocar açúcar em pote hermticamente fechado.

A E D E S


DENGUE

Saiba mais sobre a Dengue e como prevenir.

A dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.

Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.

Veja abaixo as principais medidas preventivas para o controle do mosquito Aedes aegypti bem como para outros mosquitos:

Aedes spp.

As espécies de Aedes mais importantes são listadas a seguir:<br><br>

Aedes aegypti

Esta espécie é nativa da África e foi descrita originalmente no Egito. É uma das espécies responsáveis pela transmissão do dengue e febre amarela febre amarela (arboviroses). O Aedes aegypti tem a cor escura e manchas brancas pelo corpo.

Utiliza recipientes artificiais com água parada para depositar seus ovos que são fixados acima do nível da água. Estes resistem a longos períodos de dessecação, o que permite que seja transportado facilmente de um local para o outro. Os locais onde normalmente são encontradas suas larvas são: pneus, pratos de vasos, latas, garrafas, caixa d?água e cisternas mal fechadas, latas, vidros, vasos de cemitério, piscinas, lagos e aquários abandonados, entre outros.

As fêmeas picam preferencialmente ao amanhecer e próximo ao crepúsculo, mas podem picar em qualquer hora do dia. Elas podem picar qualquer animal, mas o homem é o mais atacado. Esta espécie abandona o hospedeiro ao menor movimento, passando, desta forma, por vários hospedeiros disseminando-se assim a doença.

Aedes albopictus

Esta espécie foi descrita na Índia tendo sido introduzida no nosso país através do comércio. Foi descoberta no Brasil em 1986 nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se distribuída em vários outros Estados. Diferentemente do A. aegypti, esta espécie não está tão relacionada com a atividade humana, distribuindo-se com facilidade no meio rural. A postura é realizada em criadouros naturais, tais como ocos de árvore cheios d?água, internódios de bambu, cascas de fruta, etc. Os ovos são depositados em poucas quantidades, mas em diversos locais, o que facilita uma rápida dispersão. Também possui hábito diurno, assim como o A. aegypti.

A. albopictus é vetor do dengue na Ásia, mas no Brasil ainda não existem provas de que possa estar veiculando a doença, já que não foram descobertos adultos nem larvas desta espécie em zonas de epidemia da doença.<br><br>

FEBRE AMARELA

O Que é a Febre Amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus amarílico

Quem Transmite a Febre Amarela?
O mosquito transmissor da febre amarela urbana é o Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue. Na febre amarela silvestre os mosquitos do gênero Haemagogus são os principais transmissores. No Brasil, desde a década de 1949 não há transmissão urbana. Os casos confirmados são de febre amarela silvestre.

Período de Incubação:

Existe o período de incubação para o ser humano e para o mosquito. O período de incubação, no ser humano, é de três a seis dias após a picada do mosquito infectado. O período de incubação no mosquito é de 9 a 12 dias e depois de infectado o mosquito permanece nesta condição por toda a vida, que é em média de 3 a 4 meses.<br><br>

Aspectos Clínicos:

A febre amarela pode causar quadros praticamente inaparentes até formas graves da doença. Os primeiros sintomas têm início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vômitos e fotofobia. Após este período a doença pode evoluir para a cura ou para formas mais graves. Nestas, aparece novo acesso febril, icterícia progressiva e fenômenos hemorrágicos (sangramento nasal, bucal, cutâneo, no vômito e nas fezes), queda da pressão arterial e prostração.<br><br>

Medidas de Controle:

A principal medida de controle é a vacinação. Deve ser feita para todas as pessoas que se desloquem para regiões endêmicas. O reforço deve ser dado a cada 10 anos; - Não há necessidade de isolamento do paciente; - O combate do Aedes aegypti (vide Dengue), através de ações de saneamento básico (controle do lixo) e de educação em saúde (não deixar água parada em vasos de plantas e outros objetos que possam acumular água, tampar o lixo e as caixas de água, cobrir pneus) constituem-se medidas importantes de controle.

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS

- Evitar água parada.
- Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
- Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
- Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
- Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
- Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
- Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
- Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
- Não acumular latas, pneus e garrafas.
- Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
- Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
- Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
- Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
- Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
- Não cultivar plantas aquáticas.

Dúvidas mais freqüentes:

Onde o mosquito da Dengue se reproduz?

- Os mosquitos reproduzem-se em qualquer recipiente usado para juntar ou armazenar água em áreas sombrias ou ensolarados. A preferência é por água limpa e parada.<br>
- Todos os depósitos que possam conter água devem ser cuidadosamente examinados, pois sempre podem ser um criadouro de mosquitos.
- Outros locais que podem ser considerados criadouros de mosquito são caixas de descarga, aparelhos sanitários, cuias, pilões, embalagens plásticas, tampas de garrafas, regadores, bacias, baldes, pias, registros de água, jarros de flores, depósitos de geladeiras, pisos de porões, diques de garagens, piscinas, calçamentos irregulares, latas, cascas de ovos, folhas de flandres ou de metal, telhados de zinco, sapatos abandonados, bebedouros de animais, etc.

Como se pega a Dengue?

- Para que isso ocorra são necessários dois fatores iniciais: presença do mosquito transmissor Aedes aegypti e presença de pessoas contaminadas com o vírus da Dengue.
- Imagine a seguinte situação:
- Um mosquito-fêmea sadio suga o sangue de uma pessoa contaminada com o vírus da Dengue em período de viremia (o vírus está circulando no sangue do indivíduo). Desta maneira, o mosquito-fêmea ingere o vírus que vai para o seu estômago. Então, o vírus é absorvido e passa para todo o organismo do inseto, concentrando-se nas glândulas salivares onde se multiplica. Depois de 8 a 12 dias de incubação, a fêmea do Aedes é capaz de transmitir a doença. Conseqüentemente, ao picar uma pessoa sadia, o inseto estará transmitindo a doença. Apenas um mosquito-fêmea poderá picar várias pessoas durante sua vida adulta, disseminando a doença.

Como denunciar uma caixa d’água destampada?

Ligar ao 156 - Informações Municipais, que encaminhará a demanda à Equipe de Controle de Águas da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde/CGVS, se a caixa estiver em prédios coletivos, escolas públicas e particulares e hospitais.

A quem encaminhar pedido de vistoria em terreno baldio, que não estiver murado e apresentar pneus, garrafas e entulhos?

O pedido de vistoria deve ser encaminhado ao 156 - Informações Municipais .<br><br>

Quais os procedimentos para a denúncia de lixo não recolhido, como nas encostas, por exemplo?

Deve-se fornecer os endereços ao 156 - Informações Municipais e então as denúncias serão repassadas a DMLU.

Quais os procedimentos para se denunciar esgotos a céu aberto?

A pessoa deve fornecer os endereços ao serviço 156 - Informações Municipais. As denúncias serão encaminhadas ao Dmae, se o problema for na rede, ou à Vigilância em Saúde/CGVS, se o problema for na via pública ou em estabelecimentos de interesse à saúde (escolas, creches, comércio de alimentos em geral, hospitais, clínicas, etc.).

Quem procurar para notificação de imóveis abandonados com focos de mosquito?

O pedido de vistoria deve ser encaminhado ao 156 - Informações Municipais .

A que entidade recorrer para alertar a existência de um lote murado, mas que não é capinado e possui lixo, pneus, garrafas e entulhos?

Deve-se fornecer os endereços ao 156 - Informações Municipais e as denúncias serão repassadas a DMLU.

Que cuidados devem ser seguidos por quem tiver piscina em casa, para que ela não se torne um foco do mosquito da Dengue?

As piscinas devem ser mantidas limpas e cloradas semanalmente: só assim não serão focos para o mosquito.

Como proceder com relação às piscinas portáteis para crianças?

Devem ser mantidas secas e guardadas, quando não estiverem em uso: só assim deixarão de ser um criadouro para o mosquito transmissor da Dengue.

Como proceder se houver piscina abandonada na vizinhança?

Encaminhar a denúncia para o 156 - Informações Municipais.

Como proceder se a piscina, que também pode ser foco de larvas do mosquito da Dengue, for do vizinho?

Se a piscina estiver em uso, perguntar ao proprietário se ela é mantida limpa e clorada. Se não, ensiná-lo como se proceder.

O que fazer se o proprietário não tiver tempo de limpar sua piscina semanalmente?

A quem não dispõe de tempo para esse cuidado, que deve ser semanal , esvaziá-la completamente e mantê-la tampada com madeirite ou, se não for possível esvaziá-la, colocar uma lona.


Se a relação entre vizinhos não for amistosa, como saber se o morador da casa ao lado mantém a sua piscina limpa e, se não a mantém, como fazer para aconselhá-lo?

Primeiro, deve ser verificado se algum agente da zoonoses esteve recentemente na região em questão, tratando focos. Em caso positivo, informar-se de que com certeza a piscina foi vistoriada e o proprietário orientado ou acionar o 156 - Informações Municipais.

E como ficam as piscinas de clubes e escolas de natação?

As denúncias podem ser feitas pelo Sistema de Informações Municipais - 156 ou encaminhadas diretamente à Equipe de Controle de Águas da Secretaria Municipal de Saúde.

Anote uma receita caseira de combate ao mosquito da dengue, baratíssima, simples e com eficiência comprovada cientificamente.


A população de todo o Brasil pode ajudar nos trabalhos realizados pelas secretarias de saúde de combate ao mosquito transmissor da dengue. A receita é prática e simples e não envolve uso de venenos ou inseticidas perigosos à saúde humana ou dos animais.


A proliferação do mosquito da espécie Aedes aegypti, que transmite a doença, pode ser combatida colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, nos pratos dos xaxins, entre as folhas das plantas que acumulam água, como as bromélias e nos locais da casa em que a água se acumula e fica parada, como ralos. O único trabalho que você terá é colocar aquele pó úmido que resta depois do café ser coado.

A descoberta que revelou que a borra de café combate com eficiência o Aedes aegypti é da cientista e bióloga Alessandra Laranja. Ela é pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de São José do Rio Preto. Os testes realizados em laboratório comprovaram que a borra de café - que fica depositada no coador, é uma arma muito eficiente contra o mosquito transmissor da dengue. A borra depositada nos pratinhos e reservas de água de plantas impede que o mosquito transmissor da dengue ponha seus ovos.

Se o Aedes aegypti já tiver desovado, mesmo assim, a borra de café consegue impedir que os ovos se desenvolvam em larvas. Em seu estudo, a bióloga mostrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas chamadas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução do Aedes aegypti. Anote agora a receita caseira para combater o mosquito da dengue com borra de café:

Para fazer a solução que pode ser aplicada em pratos, plantas ou até mesmo jardins e hortas que acumulem água você vai precisar de 2 colheres das de sopa de borra de café misturadas em meio copo de água. Depois de pronto você já pode começar a aplicar o conteúdo. Se precisar de mais, faça sempre na proporção indicada, ou seja, 2 colheres de borra de café para cada meio copo de água.
Outra receita com a borra de café é usá-la diretamente nos vasos, sem a diluição em água. Desta maneira você estará também adubando de forma ecológica as plantas. A diluição da borra de café vai acontecer naturalmente, na medida em que a planta for regada.


Não se esqueça que a borra de café pode ser aplicada também em outros locais da casa que acumulem água como, por exemplo, nos ralos e até mesmo na terra do jardim ou poças que se formam com a água da chuva.


Ajude o Brasil na luta contra a dengue. Faça propaganda boca-a-boca, informe seus amigos e familiares, dissemine esta receita que é barata, simples e acessível. Além de saborear o bom e velho "cafezinho" brasileiro, você poderá contribuir com a melhoria do seu meio ambiente e da saúde pública.


CUPINS

RAINHA REI

São os mais importantes membros da colônia. Suas únicas funções são o acasalamento e a postura de ovos. Outros cupins alimentam e cuidam da rainha, que pode viver de 25 a 50 anos.

Ovos

Milhares deles são produzidos anualmente pela rainha e são cuidados pelos operários. Dos ovos nascem as ninfas, que são alimentadas por substância regurgitada pelos operários. Passam por uma série de estágios de crescimento antes de pertencerem a uma das castas abaixo:

Operário

Estéreis e cegos, buscam material celulósico para alimentar toda a colônia. Alguns cuidam da rainha, ovos, soldados e ninfas.

Soldado

Em seu estágio final os soldados apresentam uma cabeça grande com fortes mandíbulas. São geneticamente programados para proteger a colônia contra o ataque de inimigos externos como as formigas.

Reprodutor de substituição

Substituirão a rainha e o rei em caso de morte.

Revoada

Ocorre quando os reprodutores com asas (siriris) deixam a colônia. Operários os ajudam a percorrer os túneis até a saída. Não conseguem voar grandes distâncias e caem rapidamente no solo. Arrancam suas asas e formam casais.

CASAL

O casal recém-formado encontra um local apropriado para formar sua própria colônia como rei e rainha. O ciclo de vida dos cupins se repete quando a rainha começa a postura de ovos que se tornarão ninfas, operários, soldados ou reprodutores.

CICLO DE VIDA DOS CUPINS

ALGUNS TIPOS DE CUPINS

Cupim subterrâneo (Coptotermes haviland)

São assim denominados pelo fato de constituírem colônias freqüentemente abaixo da superfície do solo, atacando as madeiras que estão em contato direto com solo e alvenaria das construções. Fazem seus ninhos em lajes, caixões perdidos, juntas de dilatação dentro de redes hidráulicas e condutores elétricos, sem nenhum contato com o solo. A ligação entre a colônia e a fonte de alimentos (celulose) pode ser feita por meio de túneis em vários componentes como pisos, paredes, cordões de gesso, mesmo que o ninho esteja localizado a dezenas de metros da área construída.

Esses cupins nidificam dentro das próprias peças de madeira das quais se alimentam. A denominação cupim de madeira seca advém do fato de essas madeiras apresentarem um teor de umidade relativamente baixo. O ataque é percebido principalmente pelo acúmulo de resíduos em forma de pequenos grânulos encontrados junto à peça atacada.

Uma coônia de cupins de madeira seca possui um número de indivíduos bem menor quando comparado aos subterrâneos. O ataque nesse caso se processa de forma mais lenta.

ARANHAS


As aranhas são animais carnívoros, de vida livre, geralmente solitárias e predadoras, alimentando-se principalmente de insetos. São principalmente terrestres existindo aproximadamente 30.000 espécies conhecidas, sendo que apenas 20 a 30 são consideradas como tendo veneno tóxico para o homem.
Têm como inimigos naturais os pássaros, lagartixas, sapos, rãs, outras aranhas e etc.
As aranhas de maior importância médica são a Loxosceles (aranha marrom), a Phoneutria sp (armadeira) e a Lycosa sp (aranha de grama ou tarântula).
As aranhas marrons não são agressivas, vivem sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras e residências, onde abrigam-se em pilhas de tijolos, telhas e entulhos em geral, adaptando-se facilmente ao ambiente domiciliar alojando-se atrás de móveis, quadros, rodapés soltos, cantos de parede e outros locais que não são limpos com freqüência.
As armadeiras são aranhas agressivas, tendo esse nome porque armam bote quando se sentem ameaçadas, vivem em bananeiras, terrenos baldios, em zonas rurais junto às residências.
As aranhas de grama vivem em jardins, gramados, pastos e campos, e fogem quando molestadas.
As caranguejeiras vivem sob troncos caídos e pedras, em cupinzeiros, junto a raízes de grandes árvores e nos pastos, vivendo em geral, em locais afastados do homem. Raramente causam acidentes por causa da posição dos seus ferrões, embora assustem devido à sua aparência e tamanho.
Utilizam como mecanismo de defesa mais comum, o bombardeamento, que consiste em atritar vigorosamente as patas traseiras no abdômen, espalhando uma nuvem de pêlos com ação irritante em direção ao inimigo.
A aranha marrom, a armadeira e caranguejeira têm hábitos noturnos; já as aranhas de grama são ativas durante o dia e a noite.
As aranhas peçonhentas para o homem, em geral, não vivem em teias, e quando as fazem, são irregulares e não tem forma geométrica.
Há acasalamento entre macho e fêmea, e, a aranha põe ovos, muitas vezes em grandes quantidades, mais de 1.000 em uma única postura, que ficam protegidos numa bolsa de fios de seda chamada ovisaco. Em geral, as aranhas cuidam da ovisaco e algumas como a Lycosa sp, carregam os filhotes recém-eclodidos nas costas até a primeira muda de pele, sendo o crescimento feito através de sucessivas trocas de pele.
Há muita variação quanto ao tempo de vida, de alguns meses a vários anos.

As aranhas são animais peçonhentos, injetando veneno por meio de um par de glândulas que se encontra em suas peças bucais. A gravidade do envenenamento varia de acordo com o local da picada, a sensibilidade individual, entre outros, sendo indicado procurar assistência médica em caso de acidente.
Os acidentes com a aranha marrom geralmente ocorrem no verão em ambiente domiciliar, quando a aranha escondida em uma vestimenta ou toalha é inadvertidamente prensada contra a pele da vítima ou enquanto esta dorme. Já os acidentes com aranhas armadeiras ocorrem em geral quando se manipula frutas, ou no ato de calçar os sapatos, local onde estas aranhas costumam se abrigar.
As aranhas de grama picam ao serem pisadas ou quando impossibilitadas de fugir.

Dicas Preventivas:

- Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenha;
- Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, pois nestes materiais elas podem estar abrigadas;
- Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento a aranhas;
- Realizar roçagem de terrenos;
- Manter berços e camas afastados das paredes;
- Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.

ARRAPATOS

O carrapato Boophilus microplus alimenta-se de sangue. Esta é sua primeira ação e talvez a de menor importância, apesar de se admitir que esse processo espoliativo interfere no ganho de peso durante a vida do animal. Outra ação concomitante a essa é a inoculação de toxinas na corrente circulatória do bovino, as quais podem interferir na síntese protéica, resultando numa desproporção entre proteína e gordura, com prevalência de gordura flagrada por ocasião do abate.
Além dessas duas ações - hematófaga e tóxica -, o carrapato pode transmitir pelo menos dois gêneros de agentes infecciosos: a Rickettsia Anaplasma sp e o protozoário Babesia sp, responsáveis pela doença comumente chamada de “tristeza parasitária bovina” (TPB). Este mal se caracteriza por uma série de sintomas clínicos, entre os quais febre, fraqueza, falta de apetite, anemia, icterícia e hemoglobinúria (urina escura).
Adicionalmente, os carrapatos provocam prejuízos econômicos, concorrendo para desvalorizar os couros e baixar consideravelmente a produção das vacas leiteiras. (Isso no animal) Imagine no ser humano.

Ciclo evolutivo do Boophilus microplus

Utiliza um só hospedeiro em seu ciclo evolutivo (monoxeno), que apresenta duas fases: a fase de vida livre, que se realiza no solo, e a fase parasitária, que se realiza no corpo do hospedeiro.
As fêmeas ingurgitadas e prestes a darem início a oviposição, denominadas teleóginas, desprendem-se naturalmente do hospedeiro e, no solo, procuram um lugar apropriado para a postura.
Após um período de pré-oviposição, as teleóginas iniciam a oviposição, que pode durar vários dias.
As teleóginas morrem após realizar a postura de 3 mil a 4 mil ovos no solo. O período de incubação dos ovos varia com a temperatura: 146 dias a 16,6ºC e 14 dias a 36ºC. As larvas, logo após a eclosão, são ovóides e após alguns dias sobem pela vegetação e formam massas gregárias. Elas são muito ativas quando tocadas, transferindo-se para os animais pela vegetação.
Nunca esmague um carrapato, é o mesmo que uma postura, do sangue dele tem de 3 mil a 4 mil os ovos que ficarão no solo.
A resistência das larvas nas pastagens é muito grande quando as condições climáticas são favoráveis. À temperatura de 15ºC, a longevidade pode atingir mais de 200 dias, e 16 dias à temperatura de 35ºC. Em lugares frescos e ventilados podem sobreviver até 6 meses.
Se não for controlado, carrapato pode causar graves danos.

ESCORPIÕES

Existem cerca de 1.500 espécies de escorpiões conhecidas, dentre estas destacamos duas, as quais são comuns em nossa cidade, o Tityus bahiensis (escorpião marrom ou preto) e o Tityus serrulatus (escorpião amarelo).

Os escorpiões são animais terrestres, de atividade noturna, ocultando-se durante o dia em locais sombreados e úmidos (sob troncos de árvores, pedras, cupinzeiros, tijolos, cascas de árvores velhas, construções, frestas de muros, dormentes de estradas de ferro, lajes de túmulos, entre outros) e não são animais agressivos.
Existem poucas espécies que se adaptaram à vida junto às habitações humanas e, ocasionalmente dirigem-se às casas à procura de abrigo, em velhas construções, principalmente onde há material de construção estocado, podendo ser encontrados dentro de sapatos e gavetas.
Todos os escorpiões são carnívoros, capturam e matam animais dos quais se alimentam, entre eles podemos citar: baratas, grilos, cupins, aranhas de porte médio, etc.
Tem como inimigos naturais as corujas, gaviões, sapos, algumas espécies de aranha, lagartos entre outros.
Os escorpiões não põem ovos, os filhotes desenvolvem-se dentro da mãe e o nascimento efetua-se por meio de parto, sendo a gestação longa, 2 a 3 meses dependendo da espécie.
Uma ninhada pode ter até 20 filhotes os quais ficam nas costas da mãe até a primeira troca de pele. Os filhotes ficam adultos após 5 a 6 mudas de pele, com cerca de um ano de idade. Vivem em média 3 a 4 anos.
O Tityus serrulatus só apresenta espécimes fêmeas, os óvulos transformam-se diretamente em embriões que dão origem a novas fêmeas (processo denominado partenogênese), já o Tityus bahiensis apresenta os dois sexos.
Todas as espécies de escorpião podem inocular veneno pelo ferrão, sendo considerados animais peçonhentos.
A gravidade do envenenamento varia conforme o local da picada e a sensibilidade do acidentado, sendo que a gravidade do acidente deve ser avaliada pelo médico, o qual tomará as decisões sobre o tratamento a ser ministrado.
Os acidentes geralmente ocorrem quando se manuseia material de construção ou entulho, em residências, e são mais comuns no período das chuvas, quando o calor aumenta, e estes animais ficam mais ativos.

Para evitar condições propícias ao abrigo e proliferação de escorpiões, deve-se adotar as seguintes medidas:
- Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenha;
- Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, pois nestes materiais podem estar abrigados escorpiões;
- Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- condicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento a escorpiões;
- Realizar roçagem de terrenos;
- Manter berços e camas afastados das paredes;
- Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.

MORCEGOS

Os morcegos são os únicos mamíferos que possuem capacidade de voar devido à transformação de seus braços em asas.
Existem atualmente quase 1.000 espécies de morcegos, cerca de um quarto da fauna de mamíferos do mundo.
Geralmente os morcegos saem de seus abrigos ao entardecer ou no início da noite e se comunicam e voam orientados por sons de alta freqüência (eles emitem ultra-sons que ao encontrarem um obstáculo, retornam em forma de ecos que são captados pelos seus ouvidos possibilitando sua orientação), além de utilizarem também a visão e o olfato.
A alimentação dos morcegos varia conforme a espécie, assim, existem os que se alimentam de frutos (frugívoros), outros de néctar das flores (nectarívoros), insetos (insetívoros), sangue (hematófagos).
Os morcegos em geral ficam abrigados durante o dia em locais como: cavernas, ocos de árvore, edificações (juntas de dilatação de prédios, porões, sótãos, cumeeiras sem vedação), folhagens, superfície de troncos e ocos de árvore, etc).
Muitas vezes, os morcegos insetívoros utilizam edificações como abrigo diurno e saindo ao entardecer para se alimentar. Alojam-se preferencialmente em cumeeiras, nos espaços estreitos entre o telhado e madeiramento, entre telhado e as paredes, nas juntas de dilatação dos prédios, nas caixas de persianas, em chaminés, nos dutos de ventilação, entre outros. Os morcegos nectarívoros abrigam-se em espaços mais amplos como sótãos, porões, e outros compartimentos pouco freqüentados. Os frutívoros abrigam-se geralmente sob as folhagens das árvores.
Como todo mamífero, os filhotes dos morcegos são gerados dentro do útero de suas mães.
Apresentam uma gestação de 2 a 7 meses, dependendo da espécie, e, geralmente, um filhote por gestação.
Logo após nascer, algumas mães costumam carregar seus filhotes em vôos de atividade noturna. Nos primeiros meses, os filhotes são alimentados com leite materno e, gradativamente começam a ingerir o mesmo alimento dos adultos.
Os morcegos insetívoros, habitualmente, possuem um pico de reprodução que ocorre no período mais quente do ano (primavera e verão), quando os insetos são mais abundantes, já no caso dos frutívoros, a reprodução está associada à frutificação das plantas que lhe servem de alimento, ocorrendo em diferentes épocas do ano.
Os morcegos têm uma expectativa de vida alta, variando de 10 a 30 anos (algumas espécies insetívoras).
Todos os morcegos, independente do seu hábito alimentar, podem morder se forem indevidamente manipulados ou perturbados. Se estiverem infectados, podem transmitir a raiva que é uma doença sempre fatal, na ausência de tratamento apropriado. Portanto, deve-se evitar o contato direto com estes animais. Cabe ressaltar que os morcegos também adquirem a raiva e podem apresentar mudanças em seu comportamento, como: atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, no caso dos morcegos hematófagos. Já nos não hematófagos ocorre paralisia sem agressividade e excitabilidade, sendo encontrados, geralmente, em locais não habituais. Entretanto, todos os morcegos infectados vêm a óbito.
Podem ser encontrados nos morcegos ou em suas fezes (acumuladas nos abrigos diurnos), vários agentes patogênicos (vários tipos de bactérias, fungos e vírus). Entre estes, podemos citar a presença de fungos, os quais se desenvolvem nas fezes de aves e morcegos, e que podem causar a histoplasmose (infecção respiratória).
Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente entrem em casa ou apareçam caídos no jardim, visto que os morcegos, para se defender podem morder. Neste caso, se possível, imobilizar o animal jogando um pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com este Centro que enviará equipe para buscar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie. Porém, cabe novamente ressaltar que nunca toque diretamente no animal.
A presença de morcegos em edificações, principalmente de insetívoros, pode ocasionar acúmulo de fezes, causando odores desagradáveis e característicos além de poder causar doenças como as citadas acima. Deve-se, portanto, vedar juntas de dilatação de prédios, espaços existentes entre telhas e parede, bem como cumeeiras; colocar vidros e portas em porões, enfim manter adequadamente esses locais para evitar que sirvam de abrigo para morcegos. Após a vedação, a sujeira existente no local deverá ser umedecida, removida e acondicionada em saco de lixo, por pessoa protegida, com luvas e máscaras ou pano úmido sobre o nariz e boca.
No caso de residências ou ruas muito arborizadas, é comum encontrarmos morcegos frutívoros à procura de alimento, sendo que muitas vezes estes animais dão vôos rasantes em busca de frutos. Deve-se, portanto, colher os frutos maduros ou solicitar ao órgão público competente a poda de levantamento ou a substituição da árvore ou ainda, simplesmente, evitar ficar na sua rota de vôo, pois após o período de frutificação, estes morcegos irão para outros locais.
No caso de ocorrer um acidente onde a pessoa entrou em contato com o morcego, deverá procurar orientação médica imediata nas Unidades que realizam tratamento anti-rábico humano.

Abrigos:

Forros de casas, caixas de persiana, vãos em edificações, ocos-de-árvores e bainha de folhagens.

Raiva, histoplasmose, salmonelose:

Sua atividade noturna inicia-se ao entardecer quando freqüentemente observarmos revoadas dessas espécies saindo do telhado das casas e dos prédios. A cauda livre, cor negra, o hábito de caminhar apoiado nos polegares das asas e nos pés e a ocorrência em das casas, são características aparentemente responsáveis pela crença popular de que "rato quando fica velho vira morcego".

MOSCAS

Existem muitas espécies de moscas e comentaremos sobre a mosca doméstica (Mosca domestica), que é a espécie mais presente em áreas urbanas.
Alimentam-se de fezes, escarros, pus, produtos animais e vegetais em decomposição, açúcar, entre outros. A mosca lança uma substância sobre o alimento para poder ingerí-lo, pois não consegue colocar nada sólido para dentro do organismo, somente matéria na forma líquida ou pastosa.
É ativa durante o dia e repousa à noite. Preferencialmente pousam sob superfícies estreitas e longas (fios elétricos, galhos de árvores, rachaduras de paredes, etc.). Os locais por elas visitados apresentam manchas escuras, produzidas pelo depósito de suas fezes, e manchas claras, provocadas pelo lançamento de saliva sobre o alimento, para que depois possa ser sugado.
O tempo de vida varia de espécie para espécie, em geral de 25 a 30 dias.
A fêmea coloca seus ovos (cerca de 100 a 150) em carcaças de animais, fossas abertas, depósitos de lixo, e outros locais ricos em substâncias orgânicas. Após aproximadamente 24 horas, ocorre o nascimento das larvas. Estas geralmente ficam agrupadas, são cilíndricas, esbranquiçadas, movimentam-se muito, não gostam de luz e alimentam-se ativamente. Após um período de 5 a 8 dias, as larvas abandonam a matéria orgânica onde estavam instaladas. A camada externa de pele das larvas se endurece formando uma casca (casulo), dentro da qual começa a haver transformação para mosca adulta, recebendo o nome de pupa. As pupas tem coloração marrom clara, não se movimentam, e, nem se alimentam. As moscas permanecem nesta fase por um período de 4 a 5 dias.
Cabe ressaltar que quanto maior a temperatura e a umidade, mais rápido ocorrerá o ciclo de vida.
As moscas domésticas são insetos que tem importância como vetores mecânicos, isto é, podem veicular os agentes em suas patas após pousarem em superfícies contaminadas com estes germes e pousarem nos alimentos, disseminando-os amplamente, e dessa forma transmitir várias doenças, tais como distúrbios gastrointestinais.
O combate ideal das moscas é realizado através de saneamento ambiental, isto é, na eliminação das condições que propiciam a existência de locais onde se acumule lixo, restos alimentares, matéria orgânica em decomposição.

Para isto, devemos executar as seguintes medidas:
- Acondicionamento correto do lixo: dentro de sacos plásticos, em latas limpas com tampas adequadas, de preferência sobre estrado, para que não fique diretamente em contato com o solo;
- Não jogar lixo a céu aberto ou em terrenos baldios, pois atrairão moscas para o local e, conseqüentemente para todas as casas da vizinhança;
- Só colocar lixo para coleta uma hora antes do coletor passar;
- Se enterrado, o lixo deve receber uma cobertura de terra compactada de no mínimo 30 cm;
- Acondicionamento correto dos alimentos (em potes ou latas bem fechadas);
- Lavagem freqüente de áreas ou recipientes com qualquer tipo de resíduo orgânico (fezes de animais, restos alimentares, e outros), de forma a manter o ambiente sempre limpo;
-Não manter criações rurais em áreas residenciais.

PULGAS


As pulgas são insetos pequenos (1 a 8,5 mm de comprimento), desprovidos de asas, e vivem como parasitas externos de animais domésticos e silvestres e do próprio homem, alimentando-se de sangue.
Algumas espécies apresentam especificidade de espécie-hospedeiro, outras embora apresentando hospedeiros preferenciais, podem sugar outros animais, daí sua importância na transmissão de doenças. As espécies de maior importância são:
Pulex irritans - é a que mais freqüentemente ataca o homem, embora também possa se alimentar de outros hospedeiros.
Xenopsylla cheopis - é a pulga dos ratos domésticos, e é a principal transmissora da peste bubônica e do tifo murino ao homem. Foi introduzida em todos os países do mundo com o rato preto (Rattus rattus) e ratazana (Rattus norvegicus) em navios mercantes, particularmente na segunda metade do século XIX.
Ctenocephalides canis e C. felis - são parasitas preferenciais do cão e do gato.
Tunga penetrans - vulgarmente conhecida como "bicho-de-pé". Geralmente ocorre em solos arenosos. Os principais hospedeiros são: porco, homem, cão e gato. No homem, prefere penetrar principalmente na sola plantar, calcanhar, canto dos dedos (dos pés e das mãos), etc.
Em geral elas se movimentam bastante e suas patas posteriores estão adaptadas para saltarem de 17 a 20 cm verticalmente e 35 a 40 cm horizontalmente (menos a espécie Tunga penetrans).
São insetos muito sensíveis às variações externas de temperatura e umidade.

A pulga passa por quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. Em condições favoráveis de temperatura, umidade e alimentação e dependendo da espécie, o ciclo vital de ovo a adulto pode se completar de 3 à 4 semanas. O acasalamento geralmente ocorre no animal hospedeiro.
Cada pulga, dependendo da espécie, põe em várias posturas seis ou mais ovos, perfazendo 500 a 600 em toda sua vida, com apenas um acasalamento inicial. Os ovos normalmente são depositados no habitat ou no próprio hospedeiro e por não serem pegajosos caem ao solo, dentro do ninho ou cama dos animais, nos tapetes e outras áreas preferidas pelos animais ou do próprio homem. Os ovos eclodem no período de 2 à12 dias, dependendo da temperatura e umidade. Em temperaturas baixas podem permanecer neste estágio por até um ano.
As larvas são pequenas, vermiformes, e são encontradas dentro das residências entre as fendas do taco no assoalho, no rodapé, tapete, carpete, cantos de cama, etc.; e fora das residências em canis, ninhos de animais, caixas de areia, etc. Elas se alimentam de quase todo tipo de resíduos orgânicos, especialmente de fezes de pulgas adultas. No fim de um período de 9 a 20 dias tece um casulo de seda com incrustações de grãos de poeira, formando-se a pupa. O período pupal varia de 7 a 14 dias e, em condições desfavoráveis pode durar até um ano antes do adulto abandonar o casulo. Este fato explica porque uma residência que ficou vazia durante algum tempo pode estar fortemente infestada de pulgas no retorno de seus moradores. O aumento de umidade, temperatura e a vibração podem ser estímulos para o adulto emergir do casulo.
Os adultos estão prontos a se alimentar em 24 horas após a emergência do casulo. A cópula ocorre após o primeiro repasto sangüíneo.
A longevidade do adulto é muito variável, dependendo da espécie, do estado alimentar, temperatura e umidade. Por exemplo, a Pulex irritans, quando em ótimas condições, pode viver até 500 dias e a Xenopsilla cheopis, 100 dias.
Sua importância pode ser destacada em dois níveis: como parasitas propriamente ditos e como vetores biológicos.
Como parasitas destacamos as irritações cutâneas e lesões, propiciando a instalação de fungos e bactérias.
Como vetores biológicos destacamos a peste bubônica e o tifo murino transmitidos através da picada da pulga dos roedores.

Dicas Preventivas:

As casas devem ser limpas pelo menos uma vez por semana, de preferência com o auxílio de aspirador de pó, evitando assim o acúmulo de poeira nos tapetes e tacos, a qual pode servir de alimento para as larvas;

Se o piso for de tacos ou tábuas, estes devem ser calafetados, pois as fendas existentes entre eles podem constituir criadouros para pulgas;

Deve-se manter a higiene periódica dos animais domésticos, bem como lavagem freqüente da "cama" do animal (panos, esteiras ou similares);

Deve-se observar medidas de limpeza para evitar proliferação de roedores;

Usar calçados para impedir a penetração de pulgas "bicho-de-pé". <br><br>

RATOS


A principal característica dos roedores é a presença dos dentes incisivos com cresci-mento contínuo, daí a necessidade de roer para gastar a dentição.
Dessa forma estragam muito mais alimentos do que realmente necessitam.
São animais de hábitos noturnos por ser mais seguro saírem de seus abrigos à noite, à procura de alimento.
Possuem várias habilidades físicas como nadar, subir em locais altos se houver algum anteparo, saltar, equilibrar-se em fios e mergulhar, entre outras.

Encontram principalmente no lixo doméstico o seu alimento.
Escolhem aqueles alimentos que estão em condições de serem ingeridos, pois através do seu olfato e paladar apurados separam os alimentos de sua preferência e ainda não estragados.
São considerados onívoros, isto é, alimentam-se de tudo o que serve de alimento ao homem.
Nas áreas urbanas encontramos três espécies de ratos: Rattus norvegicus, Rattus rattus e Mus musculus.

Rattus norvegigus

Conhecido como ratazana ou rato de esgoto, é a maior das três espécies.
As ratazanas abrigam-se em tocas que cavam na terra, em terrenos baldios, nas margens dos córregos, em lixões, sistemas de esgotos, bueiros, etc.
Nas grandes cidades perdem parcialmente algumas características de comportamento como a neofobia (desconfiança a objetos e alimentos estranhos), pela próxima convivência com o homem e à dinâmica da cidade.
Na abundância de alimentos, como os provenientes do lixo orgânico inadequadamente disposto ou tratado, a proliferação desses roedores tem se acentuado. É, portanto, a espécie de roedor mais favorecida pelo ambiente urbano degradado por ocupações clandestinas, adensamento de locais carentes de infra-estrutura básica de habitação e saneamento, sendo responsável por surtos de leptospirose, mordeduras e agravos causados por alimentos contaminados por suas fezes e urina.

Conhecido como ratazana ou rato de esgoto, é a maior das três espécies.
Rattus rattus

Conhecido como rato de telhado, rato de forro ou rato preto, caracteriza-se por possuir grandes orelhas e cauda longa.
Como o próprio nome já diz, costuma habitar locais altos como sótãos, forros e armazéns, descendo ao solo em busca do alimento e raramente escava tocas.
Está presente nas grandes cidades, embora seja predominantemente encontrado no interior do Brasil.
Possui grandes habilidades, como caminhar sobre fios elétricos e subir em galhos de árvores, além de escalar superfícies verticais, adaptando-se perfeitamente à arquitetura urbana formada por grandes edifícios e casarões assobradados muitas vezes transformados em cortiços, locais onde encontra grande facilidade para se abrigar e obter alimentos, propiciando a expansão e dispersão da espécie.

Mus musculus
Popularmente chamado de camundongo, é o de menor tamanho entre as três espécies urbanas. De hábito preferencialmente intradomiciliar, costuma fazer seus ninhos dentro de armários, fogões e despensas. Tem comportamento curioso, sendo de presa fácil nas ratoeiras.
É facilmente transportado em caixas de alimentos e outros materiais, possibilitando sua fácil dispersão na área urbana. Por sua característica morfológica e hábitos domiciliares, o camundongo não causa a mesma repulsa que os ratos maiores, sendo até tolerado, haja vista a grande quantidade de personagens infantis inspirados nesta espécie, como: Mickey mouse, Jerry e outros famosos, apesar dos riscos que potencialmente pode trazer à saúde humana.
A vida média de um rato é de um a dois anos. A partir do 3º mês de vida já podem procriar, sendo que o tempo de gestação é de 19 a 22 dias e o número de filhotes por cria é de 5 a 12, na dependência da oferta de alimento e abrigo.
Os ratos têm papel importante na transmissão de várias doenças como a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino e a hantavirose entre outras.
São freqüentes ainda os acidentes causados pela mordedura desses animais.

A infestação de ratos num local pode ser verificada através da observação dos seguintes sinais:
- Fezes: sua presença é um dos melhores indicadores de infestação. As fezes podem levar a identificação da espécie presente;
- Trilhas: sua a aparência de um caminho bem batido com 5 a 8 cm de largura, sendo encontradas geralmente nas proximidades de muros, junto às paredes, atrás de materiais empilhados, sob tábuas e em áreas de gramados;
- Manchas de gordura: deixam em locais fechados por onde passam constantemente, como por exemplo, nas paredes e vigas;
- Roeduras: os ratos roem principalmente materiais como madeira, cabos de fiação elétrica, embalagens de alimentos para gastar sua dentição e como forma de transpor barreiras para alcançar os alimentos;
- Tocas: são encontradas junto aos solos, muros, entre plantas, e normalmente indica infestação por ratazanas;
- A prevenção é possível através da adoção de um conjunto de medidas que chamamos de antirratização:
- Acondicionamento correto do lixo: dentro de sacos plásticos, em latas com tampas apropriadamente fechadas e limpas periodicamente, de preferência sobre estrado, para que não fiquem diretamente em contato com o solo;
- Dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor passa para recolher;
- Nunca jogar lixo a céu aberto ou em terrenos baldios;
- Acondicionamento correto dos alimentos;
- Inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas, e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa estar servem-no de transporte ou abrigo a camundongos;
- Vedar frestas ou vãos que possam servir de porta de entrada aos ratos para os ambientes internos;
- Colocar telas (com menos de 1 cm de vão de diâmetro), grelhas, ralos do tipo "abre-fecha", sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses animais através de ralos e encanamentos ou outros orifícios;
- Evitar o acúmulo de entulho ou materiais inservíveis que possam servir de abrigo aos ratos;
- Manter terrenos baldios limpos e murados;
- Manter limpas as instalações de animais domésticos e não deixar a alimentação destes exposta onde os ratos possam ter acesso, principalmente à noite;
- Vistoriar e manter limpos garagens e sótãos.